segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Novembro: 3 meses em terras canadenses.

Salut mes amis!

Já entramos no mês de novembro e no dia 01/11 completamos 3 meses de Canadá.
Sinceramente, as coisas não estão andando tão rápidas como eu gostaria. Mas, muita gente nos diz:"ahhh, mas vocês só estão aqui há 3 meses"... Então, vamos ver se as coisas andam mais rápidas com o tempo.
Quem me conhece, sabe que sou MUITO, mas MUITO mesmo agoniada, imediatista e gosto de ver resultados. Mas, quem sabe depois disso eu aprendo a ser mais serena e paciente?:-D

Antes de entrar nas novidades, queria tecer um comentário sobre as listas de discussões.

Quando começamos o nosso preparo para o processo de imigração, passamos a frequentar algumas listas de discussões e acredito que tivemos muita ajuda das mesmas.
Existem pessoas realmente interessadas em passar os pontos OBJETIVOS do processo de imigração e que estão dispostas a passar informações valiosas a quem estiver interessado.
Entretanto, de uns tempos para cá, temos percebido que algumas pessoas, muitas vezes deslumbradas, querem levar ao pé da letra o nome "lista de discussão" e geram verdadeiras brigas entre os seus membros.
Se alguém tem uma opinião sobre determinado ponto e outro discorda, pronto: já está criado o problema, que por vezes chega a verdadeira briga.
Por esse motivo venho evitando enviar mensagens para as listas das quais participamos, inclusive para a que criamos, pois percebemos que, se tivermos uma opinião diferente da de alguns membros, eles vão "cair de pau". E sinceramente, em plena fase de adaptação, o que menos precisamos é ficar de discussão que não vai levar a lugar nenhum!!
Aliás, ADAPTAÇÃO tem sido um ponto muito discutido nessas listas. Como se adaptação fosse uma coisa objetiva, que se pode julgar por um caso ou pelo outro. O que é bom para um pode não ser necessariamente bom para outro!! É um aspecto totalmente subjetivo, que varia de pessoa para pessoa.
Nós mesmos somos 4 pessoas, e duas dessas pessoas têm apenas 8 e 4 anos de idade. Mesmo assim, aqui temos visões diferentes, mesmo estando na mesma casa e tendo o mesmo objetivo. Cada um tem sua experiência e o seu sentimento em relação à imigração e, daqui a algum tempo veremos se vale à pena continuar ou não. Lógico lembrando sempre que tudo tem seu tempo e, de qualquer forma, terá valido à pena.

Outro item que vimos ser bem discutido é o ponto do francês deixar de ser cobrado para os imigrantes.
No MEU ponto de vista, um absurdo! Se pessoas que chegam aqui com certo nível de francês têm dificuldades, imagine chegando sem nenhum conhecimento do mesmo!!
Agora, nas listas de discussões vimos pessoas dizendo que não se sobrevive sem francês, em Montreal...
Se eu quisesse entrar em uma dscussão, essa seria uma boa hora...:-)
Estamos em Montreal há 3 meses e nas últimas semanas, por exemplo, temos visto e ouvido FREQUENTEMENTE pessoas perguntarem se falamos inglês, porque eles não falam nada de francês.
Na semana passada, fomos no Cavendish Mall, assistir Madagascar 2 com os meninos.
Nesse shopping tem um Dollarama, loja querida entre 9 de 10 brasileiros que conhecemos (inclusive NÓS). Lá, as funcionárias só falam inglês.
Sabado agora meu esposo perdeu o celular. Depois de muito aperreio e procura, alguém passou a atender quando ligávamos, para saber onde poderíamos ir pegá-lo. A pessoa do outro lado só falava inglês. E fomos buscar numa loja de flores, que fica na Rue Sherbrooke. A dona da loja pediu desculpas, mas só falava inglês.
Aí podem dizer que moramos no lado inglês de Montreal... É verdade... Mas, aqui também se fala francês.
Então, se conselho fosse bom não se dava e já tocamos nesse assunto... Mas, se alguém quiser sobreviver em Montreal, pode fazê-lo sabendo francês ou inglês. Agora, se quiser viver bem, tem que saber os dois!!!!

Deixando a parte polêmica de lado, vamos às novidades.

-CPE

Nosso pequeno começou fnalmente num CPE há quase 15 dias atrás. Está em fase de adaptação e aos pouquinhos já começa a "ensaiar" palavras em francês.
Esse detalhe do CPE é interessante se falar, porque, como nos havia informado a Pri, além daquela lista do Enfance Famille (cujo tempo de espera dizem que pode chegar a 2 anos), alguns CPEs têm sua própria lista de espera. E isso é algo que não é tão divulgado.
Muitos esperam contar com o MICC, como já ouvi de um colega de imigração. Ao reclamar do problema de vagas, ele comentou que o MICC tinha que dar um jeito. Não se iludam!! Recorremos ao MICC e nada pode ser feito. Inclusive foi um agente brasileiro que, ao que parece, tentou nos ajudar, mas depois de alguns dias disse que nada poderia fazer, que ele não tinha como achar vagas nem como mudar a política da CSDM (comissão escolar).
Pouco antes de sermos alertados pela Pri, recebemos um telefonema de um CPE, que o maridão tinha deixado o nome do pequeno logo quando chegamos. O engraçado é que ele deixou sem ter noção que esse nome iria para a lista de espera "particular" do CPE.
Deus deu um empurrãozinho e finalmente nosso pequeno foi chamado, com apenas 3 meses que estamos aqui e levando em conta que a idade dele não é tão fácil de encontrar vaga.
O CPE não é tão perto de casa, mas estou adorando. Lá ele tem conteúdo pedagógico, está com mais 8 crianças da mesma idade dele (das quais 2 falam português, pois são filhas de brasileiras com canadenses) e com isso já está fazendo a sua integração, apesar de ainda estar em fase de adaptação.
Às mamães e papais de plantão, fica o aviso dessa lista dos CPEs. Assim que chegarem por aqui, inscrevam seus filhos na lista do enfance famille, mas não deixem de fazer uma listagem com todos os CPEs e garderies perto da sua residência e corram lá para inscrevê-los em cada um desses lugares (os que tiverem essa listagem "particular"). Assim poderão estar poupando tempo e conseguirão uma vaga para seu filho muito antes do que a tão famosa lista de espera.

Se imigrar não é fácil, e vemos alguns solteiros e casados sem filhos reclamando, imigrar com filhos é AINDA mais difícil.
Mas, achamos que até mesmo a experiência vale a pena.


- HABILITAÇÂO:

Estávamos com teste teórico marcado e eu não pude fazer pois minha tradução da habilitação brasileira não tinha ficado pronta.
O maridão fez e conseguiu se sair bem no primeiro teste que fez, apesar de não ter estudado tanto assim.
Ele estava preocupado em não poder mais alugar carro no final de semana, pois nossa habilitação vencia exatamente no final de semana, 1 de novembro.
O teste teórico dele foi em 28 de outubro, uma 3ª feira. Disse que é chatinho, mas passou.
Na 4ª feira à tarde ele ligou para tentar marcar o teste prático. Por incrível que pareça, conseguiu para o dia seguinte, 5ª feira dia 30 de outubro, aqui mesmo em Montreal.
Eu comentei que o "universo conspirou a favor", já que ele queria tanto tirar essa habilitação.
Ele disse que não, que era porque já havia passado o verão e agora existem mais vagas...
De qualquer forma, ele conseguiu fazer o teste logo e foi aprovado. E como ele já tem mais de 10 anos de habilitação no Brasil, esse tempo foi contado (com a tradução) e ele já está devidamente capacitado. E agora já temos novamente um motorista na família.

Agora só falta eu, que tenho 18 anos de carteira no Brasil (não vale ficar calculando a minha idade, viu?), mas que estou com um receio desses testes...:-S
Mas, também é tão bom ficar um pouquinho só como co-pilota...:-D

- HALLOWEEN

No dia 31 de outubro, experimentamos nosso primeiro Halloween no Canadá.
Nossos amigos Micheline e Jamerson nos pegaram e fomos para Westmount, um bairro inglês onde as pessoas realmente investem na produção das casas: gelo seco, decorações as mais diversas, com efeitos sonoros, visuais, etc.
Os meninos estavam fantasiados (não, nós não estávamos, só as crianças) e saíram de casa em casa, com Júlia, repetindo "Trick or treat". Arrecadaram 218 bombons que ainda estão rendendo (e a mãe preocupada por causa dos dentes) e adoraram a noite, que graças a Deus, não estava muito fria e deu para curtir um bocado.
Só ainda não consegui descobrir como se diz "Trick or treat" em francês!!

- FRANCISAÇÃO

No dia 04/11, teríamos começado a nossa francisação. Digo teríamos, porque eu não pude começar, pois no prazo para dar a resposta, ainda não tinha surgido vaga em garderies para o nosso pequeno.
Fomos pedir que o meu prazo para a resposta fosse o mesmo do maridão, que era uma semana após a minha, já que íamos fazer curso no mesmo lugar.
Mas, a resposta do MICC foi não!
Então, a minha também teve que ser não!

Engraçado é que naquela mesma semana recebemos a ligação do CPE... Mas, as coisas acontecem como Deus acha que deve ser.

O maridão continua na busca de emprego e não está fácil. Assim como Vanessa e Murilo, percebemos que as ofertas e os telefonemas diminuíram (de quando chegamos aqui para cá). Acreditamos que a crise dos EUA (mundial) possa ter interferido no mercado, sim.
Mas, continuamos tentando e enquanto isso, vamos fazendo o que está ao nosso alcance.

Bem, acho que por enquanto é só!!

Assim que tivermos mais novidades, postamos por aqui.

Abraços a todos e à bientôt!!